A 4ª edição do Movimento pelo Clima mobilizou mais de duzentas pessoas em provas de corrida e pedal nos dias 9 e 10 de dezembro em Alta Floresta. A iniciativa buscou promover a conscientização sobre as mudanças climáticas e seus efeitos, sobretudo para as práticas esportivas ao ar livre. 27582m
Ao longo dos dois dias, crianças e adultos participaram do evento. As atividades foram realizadas em parceria entre o Instituto Centro de Vida (ICV), a Associação do Bairro Aquarela Hamoa e a Liga Mato-grossense de Ciclismo.
No sábado (9), as crianças tiveram provas de corrida, em um trajeto de 1 km, e pedal, com percurso de 1,5 km. Já no domingo (10), os adultos também competiram em disputas de pedal e corrida, mas com rotas de 46 km e 6 km respectivamente.
Proprietário de uma empresa de bicicletas, Ronny Anderson celebrou a realização do evento. Para o empresário, o encontro entre as pautas ambiental e de atividade física foram uma oportunidade para as pessoas presentes pensarem sobre o futuro da mobilidade urbana. Após realizar a prova de pedal, o atleta apontou que todo o evento conscientizou a população de que o ciclismo não é só competição, mas, também, um estilo de vida.
“As cidades, você pode ver que estão todas se preparando para isso. E eliminar um pouco o trânsito, os grandes centros já estão muito focados. A bike elétrica já está entrando muito no mercado, e o pessoal está usando muito. O pessoal pensa que o ciclismo é só competição, mas 90% é qualidade de vida, cicloturismo, meio de locomoção e tem a competição também que faz parte desse movimento aí”, disse Anderson.
Para a corredora Silvia de Carvalho Tristão, o evento deu a oportunidade para que muitas pessoas que estão distantes do universo das atividades físicas a céu aberto tivessem contato com os efeitos do aumento das temperaturas. Isso porque, com o calor acentuado já no início da manhã, as provas exemplificaram como poderá ser o novo normal de um futuro próximo caso as mudanças climáticas não sejam freadas.
“A mudança climática interfere muito no esporte, porque com o aquecimento global, a temperatura aumentando, é muito mais difícil você praticar um esporte, principalmente nós que estamos em Mato Grosso que é um estado que já é quente. E esse ano fez um calor inável. Para vocês terem ideia, não é nem 8 horas e já está uma sensação térmica inável”, disse Tristão.
Parcerias pelo clima
Diretora financeira do ICV, Katy Knapp lembrou que a primeira edição do evento ocorreu em Alta Floresta no ano de 2021 com o propósito de levar a pauta das mudanças climáticas para um público mais amplo. Neste ano, com as novas parcerias, a mensagem foi potencializada, destacou Knapp.
“Um ponto muito importante são todos esses apoios e parcerias não convencionais que a gente vai construindo ao longo dos processos. O evento é um exemplo disso. Nós tivemos aqui a Associação Aquarela, a Liga Mato-grossense de Ciclismo. Então, quando a gente consegue ter essas parcerias diferentes, de organizações que já estão nessa pegada, nesse movimento ambiental pelo clima, é importantíssimo a gente chegar a locais de difícil o e de difíceis conexões”, disse a diretora financeira.
Presidente do Aquarela Hamoa, Douglas Arpini citou que a proximidade com o aniversário de dois anos do bairro no dia 12 de dezembro fez da corrida um momento de reflexão a respeito dos efeitos das mudanças climáticas sobre as atividades ao ar livre – que são atrativos do bairro por sua ampla área verde.
“Hoje, o propósito unido entre o ICV e o Aquarela Hamoa são propósitos alinhados. O ICV vem com as boas práticas contra as mudanças climáticas, o que a gente precisa fazer para o futuro. E o Aquarela entra com toda a parte esportiva, familiar e de lazer. Então, propósitos alinhados junto aos esportes trazem benefícios para todo mundo”, disse Arpini.
Alternativa ao setor tradicional de produção alimentícia, a Rede de Produção Orgânica da Amazônica Mato-grossense (Repoama) também somou ao evento e realizou sua primeira feira durante os dois dias de atividades. Representantes da rede comercializaram frutas e hortaliças da agricultura familiar para corredores, ciclistas e visitantes do bairro.
“As pessoas que aram gostaram muito, porque nem sempre encontram produtos orgânicos, porque são difíceis de serem produzidos. E é uma importância muito grande estar levando produtos naturais, orgânicos, para a saúde dessas pessoas”, disse a agricultora familiar Rosângela Santos.
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