Divulgadas informações que avaliam esforços para uma pecuária sem desmatamento na Amazônia 174q67

15 maio 2015
Notícias

Divulgadas informações que avaliam esforços para uma pecuária sem desmatamento na Amazônia 174q67

Autor: Assessoria de comunicação 1z1t1a

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Daniela Torezzan/ICV 50k1r

Fazenda Beviláqua, parceira do Programa
Novo Campo. Foto: Daniela Torezzan/ICV

Foram lançados nesta semana um site e um estudo com informações e análises para subsidiar a discussão sobre a pecuária e sua relação com o desmatamento da floresta amazônica. Tanto o site quanto o estudo, destacam a resposta da cadeia de pecuária com relação aos acordos sobre desmatamento zero na Amazônia brasileira.

O site traz informações sobre a criação e comércio de gado na Amazônia, e os acordos para o desenvolvimento de uma cadeia de produção com desmatamento zero, enquanto que o estudo apresenta uma análise detalhada das conquistas e limitações atuais dos sistemas de rastreabilidade da cadeia de pecuária com vistas a redução do desmatamento.

As informações do site apontam para soluções e oportunidades existentes na busca da redução do desmatamento impulsionado pela expansão da pecuária na Amazônia brasileira. Contudo, ressalta que, atingir esse objetivo, em escala, exigirá um apoio coordenado de toda a cadeia de valor.

Na página web há também um guia que apresenta uma visão geral das iniciativas público-privadas, certificação e instrumentos técnicos de rastreabilidade para ajudar a promover uma cadeia de produção com desmatamento zero. Na parte de rastreabilidade aparece o Programa Novo Campo, desenvolvido por um grupo de parceiros, coordenados pelo Instituto Centro de Vida (ICV), na região norte de Mato Grosso. O Programa vai testar, nos próximos meses, um sistema inédito para monitorar fornecedores diretos e indiretos da pecuária, através de informações fornecidas pelas fazendas participantes do Programa que arão por uma verificação quanto à conformidade legal. Na parte de soluções técnicas, é apresentado o guia de Boas Práticas Agropecuárias (BPA) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). As BPAs formam um conjunto de princípios orientadores, métodos e técnicas para mitigar os riscos e permitir que a pecuária seja economicamente viável, ambientalmente adequada e socialmente justa.

Já o estudo, conduzido por Holly Gibbs, na Universidade de Wisconsin-Madison, com a parceria de pesquisadores dos Estados Unidos e do Brasil, foi publicado nesta semana no jornal Conservation Letters. As principais conclusões são baseadas no mapeamento das fazendas que vendem gado para frigoríficos da multinacional JBS, antes e após os acordos de controle do desmatamento, com pesquisas de campo e análises estatísticas.

Com relação aos frigoríficos, a conclusão é de que houve uma mudança nos critérios de compra, monitorando os fornecedores diretos e evitando gado produzido em fazendas com desmatamento. Por seu lado, os pecuaristas fizeram o Cadastro Ambiental Rural (CAR) informando os principais dados de composição das propriedades.

Entretanto, de acordo com o estudo, apesar dessas conquistas, os resultados para a conservação da floresta amazônica são limitados pelo escopo dos acordos, que não abrangem todos os aspectos, o que abre a porta para vazamentos.

Entre as soluções necessárias para apoiar a melhoria contínua e assegurar, totalmente, a produção de gado com desmatamento zero estão: a implantação de sistemas de monitoramento para todos os frigoríficos; a necessidade de abranger todas as fazendas envolvidas na cadeia de fornecimento; e o investimento na qualidade e transparência das informações públicas por parte da indústria e do governo.

Saiba mais sobre o Programa Novo Campo aqui

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