Renato Farias, diretor executivo do ICV, durante o módulo em Alta Floresta. Foto: Raíssa Genro/ICV 1z5x12
Raíssa Genro/ICV
O Instituto Centro de Vida (ICV) está sendo anfitrião do último módulo do curso Metodologias de Mediação para Governança Socioambiental Municipal, organizado pela Universidade da Flórida em parceria com a Rede de Capacitação da Amazônia (Recam). A formação, dividida em três módulos, objetiva fortalecer iniciativas de governança socioambiental municipal sendo catalisadas pelas ONGs integrantes das Recam. Cada módulo acontece no local onde é realizado um projeto de uma organização membro da Recam. O primeiro foi em Porto Velho e Cacoal, Rondônia, o segundo em Altamira, Pará e o terceiro e último acontece até sexta-feira, 2, em Alta Floresta.
A Universidade da Flórida participou da formação da Recam e das discussões sobre a necessidade de se incentivar os profissionais a refletir sobre a implementação dos projetos. Partindo dos cursos já realizados pela Universidade da Flórida a metodologia foi adaptada, mantendo as ideias de trabalhar a visão sistêmica, aprendizagem ativa e processos colaborativos.
Coordenado pelos professores Robert Buschbacher, Wendy-Lin Bartels e Denyse Mello o curso iniciou em novembro de 2014, quando foi feito um diagnóstico do contexto, situando os participantes e refletindo sobre a realidade na qual estão inseridos. O segundo, realizado em maio, partiu de uma análise de estratégias ligadas a governança da região transamazônica. Neste terceiro e último os participantes estão discutindo gestão adaptativa de processos de mudança. Um dos desdobramentos das discussões já realizadas foi a formação de Lideranças Socioambientais: Construindo pontes para um território sustentável, organizado pelo ICV, também em parceria com a Universidade da Flórida, entre abril e julho, que reuniu lideranças da região do Portal da Amazônia para desenvolver agentes de mudança locais.
Conforme Denyse, o curso prevê como resultados diretos a melhora na capacidade dos participantes de refletir sobre o contexto no qual suas instituições estão inseridas, os interesses e posições dos atores neste cenário. De forma indireta, relata Wendy, parte-se do pressuposto de que como consequência haverá uma melhora na gestão ambiental municipal. Para Buschbacher a governança socioambiental foi a forma encontrada pelas ONGs para alcançar impacto. “Não adianta formar um produtor, explicar para ele como fazer, é preciso ser mais amplo, a nível de território, gerando maiores transformações.
Como subsídio para essa discussão, Renato Farias, diretor executivo do ICV, fez um histórico da atuação da instituição. “O ICV teve o desafio de colocar o mundo real dentro de uma organização”, explicou ao falar sobre o trabalho com públicos e temas tão distintos como agricultores familiares e pecuaristas, mas cujo objetivo é único: a redução do desmatamento. Carolina Jordão e Ana Paula Valdiones, da Iniciativa de Municípios Sustentáveis, falaram sobre o trabalho de governança nos municípios e desafios existentes na atuação. Irene Duarte, coordenadora da Iniciativa, relatou o processo de criação do Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis (PMS) que reuniu diversas instituições para atuar no apoio e fortalecimento do desenvolvimento sustentável em Mato Grosso. Atualmente 53 municípios já aderiram ao PMS. Jean Sasson, participante do curso e consultor jurídico do Instituto Brasileiro de istração Municipal (Ibam), conta que as metodologias discutidas são ferramentas importantes para refletir sobre sua atuação das instituições com seus públicos no contexto da Amazônia.
Além do ICV, participam do curso o Instituto de Pesquisa da Amazônia (Ipam), o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a Equipe de Conservação da Amazônia (Ecam), a Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, o Instituto Socioambiental (Isa), o Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) e o Instituto Brasileiro de istração Municipal (Ibam).
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